O que é a nossa vida se não uma consequência natural das nossas escolhas?
« O que é então o ser humano? É o ser que sempre decide o que ele é »
Porém essa ideia pode nos paralisar. Como é possível, a partir de tudo que eu conheço, de todas as experiências que vivi, de tudo que li e já pensei, tomar a melhor decisão? Será que sou capaz de enxergar o ideal? Essas perguntas sempre me causaram ansiedade, desconforto, angústia.
Pois bem, esses dias acho que cheguei a alguma conclusão.
A verdade é que nunca será possível saber. Não existe máquina ou cérebro capaz de analisar todas as possibilidades e te entregar uma resposta. Mas existe um sentimento, algo que vai além da nossa consciência, uma ferramenta que pode ser acessada em momentos de indecisão, uma ferramenta que talvez seja a única e mais eficaz maneira de resolver esse problema, personalizada a cada ser humano: a intuição.
Intuiçao é poder acessar a soma das tuas experiências, teus valores e tua moral em fração de segundos. É ignorar a racionalidade que ignora. É confiar em si mesmo e naquilo que é bom. É fazer o bem e aceitar o resultado. É tranquilizar a alma e o espírito. É sair da própria cabeça para experimentar a presença, o agora.
E como a vida fica melhor! E leve! Os caminhos começam a parecer óbvios! Tudo se desenrola na sua frente.
Quando retiro esse peso da decisão e decido confiar nessa ferramenta o mundo se abre.
Porém, não estou dizendo que devemos jogar as mãos pro alto e dar uma de Zeca Pagodinho (deixa a vida me levar, vida leva eu). Não, não, eu adoro pensar. Quem seriamos nós sem a nossa digníssima razão? Mas será que somos tão arrogantes a crer que ela é a mais sábia de toda nossa gama de “ferramentas”? Cabe a nós ter a humildade de perceber que por vezes ela é apenas mais um obstáculo no nosso caminho.